sexta-feira, 5 de novembro de 2010



O Outono do nosso descontentamento aí está. Aparece embelezado pela cor das folhas como se um pintor pacientemente as retocasse, mas o sol anda meio envergonhado e não aparece igual para todos os portugueses. A tristeza invade os corações, os olhares são distantes e a crise, essa maldita, não os larga. Não sei o que esperam de tantas cabeças pensantes. Aí não há crise. Abundam os comentários, as criticas, as análises, as entrevistas, enfim um mar de abundância. Mas os portugueses já não lêem, já não ouvem, só murmuram. Esta Raça não merecia ser tão castigada. Ao menos este Sol de Outono podia aquecer a alma dos que mais sofrem, para esbater a revolta que trazem na alma.